sábado, 18 de outubro de 2008

Puuuuxa a matéria

Já dizia a Dulce: Quando você fizer uma prova de qualquer matéria... Puuuuxa história, Puuuxa geografia, puuuuxa português, puuuuxa física, puuuuuxa química, puuuuuxa matemática...
Logo, quando você fazer o questionário do INAD, puuuuuuuuuuxa as matérias!
Ex:
Pergunta 1) Quantos anos você tem?
Essa é uma pergunta que parece fácil mas, de fato, é uma das maiores pegadinhas dos vestibulares do Brasil. As pessoas geralmente respondem a essa pergunta sem pensar, perdendo pontos, uma vez que, ao errar uma só questão no vestibular, de acordo com a Dulce, passam milhões, se não bilhões, de pessoas na sua frente. Antes de respondê-la, vamos fazer uma análise...
Quantos Anos Você Tem? é a pergunta. Também pode ser "Você Tem Quantos Anos"? Fazendo uma análise sintática da oração, Você é o sujeito, Tem é o verbo transitivo direto, quantos é o Adjunto Marizetiano, Anos é o objeto direto. Fazendo uma análise literária, O autor me pergunta a quantidade de anos que eu possuo. Eu não possuo ano algum, pois, de acordo com a Sociologia (puuuuuxa matéria), o mundo não gira em torno de mim. Logo, o ano não é só meu, mas, sim, de toda a população do globo.
Feita essa análise, o aluno tende a responder 0 anos ou NDA, etc. Mas percebe que não há essa alternativa. Fica em dúvida cruel, até perceber que, como o aluno faz parte da população, e os anos pertencem à população, ele possui os anos compartilhados com os outros, como no Socialismo. Pode-se dizer, então, que a contagem de "Quantos anos você tem" é uma contagem com base socialista, e não capitalista. O Brasil é um país capitalista, mas tem algumas características socialistas, como a contagem de "Quantos anos eu tenho?"
Mas, se o autor pergunta "Quantos anos você tem?", você pode transferir a pergunta para a primeira pessoa do singular. "Quantos anos eu tenho?". Perceba: Apesar da contagem de anos ser uma característica socialista, possui o egocentrismo, característico do capitalismo. Esta pergunta egoísta, que não se preocupa com os outros, mas que implica numa divisão equalizada socialista dos anos, acaba por levar o aluno atento e antenado a pensar que, se é uma pergunta tanto capitalista quanto socialista, a divisão pode ser igual, mas não compartilhada. Deste modo, eu possuo uma pequena parte dos anos deste mundo, parte igual à parte que cada pessoa possui. Utilizando seus conhecimentos matemáticos e geográficos (puxando matemática e geografia), o aluno sabe que, no mundo, há 6 bilhões de pessoas, e que o universo existe há, aproximadamente, 13,7 bilhões de anos, a quantidade de anos que eu possuo (resposta à pergunta) é igual a 13,7 bilhões dividido por 6 bilhões. Ou seja, o aluno possui, aproximadamente, 2,2833333 bilhões de anos. O aluno estudioso e ético se espanta ao perceber que também não há essa opção nas alternativas. Assim, descobre que acaba de provar que não há apenas 6 bilhões de pessoas no universo, mas vidas extraterrestres são acopladas a este número, resultando num quociente muito menor. O estudante, já nervoso, tenta se acalmar. Experimenta responder à questão por eliminação de alternativas, as quais são: 12, 13, 14, 15, 16, 17. Não, não faz sentido nenhuma dessas alternativas... Ou talvez até faça, se o aluno puxar física, química, e teoria da relatividade!
Vamos fazer uma análise da teoria proposta por Einstein, a qual talvez possa nos ajudar a responder essa dificílima questão. E=mc². Se caso o aluno for convertido em energia, a energia, em Joules, será igual à massa vezes a velocidade da luz, em segundos, ao quadrado. Espere! O aluno precisa saber sua massa para calcular a energia. Ele não pode, é claro, sair da sala de aula para pesar-se. Logo, ele terá que medir seu peso utilizando a mola de sua caneta como dinamômetro, dividir a força gerada pela gravidade de 9,8m/s² e obter sua maça. Assim, ele calcula a energia gerada por si. Calculando o tempo de expansão do universo (uma vez que a força que gerou o Big Bang é equivalente a 0,0048CNRHK (Chuck Norris' RoundHouseKick) e o tempo de expansão de sua energia destrutiva, a razão dos dois resulta no tempo que ele possui. O número obtido também não está entre 12 e 17. Já obsecado, e continuando com as teorias de Einstein, o aluno se lembra de que o tempo é relativo à velocidade em que o observador se move. Mas... Se o aluno é o observador, a que velocidade ele se move? Lembrou-se imediatamente da rotação da Terra, e concluiu: Minha velocidade é de 1670km/h (a mesma velocidade da rotação da terra)!!! Agora, pensou, vamos calcular, puxando mais matemática:
A 0KM/h, o tempo é igual a 1t
A 1080000000km/h (velocidade da luz), o tempo é igual a 0t
Se o tempo chega a ser 0, a função é constante. Ou seja, a 1080000000/2 km/h, o tempo é igual a 1/2t. A 1080000000/n km/h, o tempo é igual a 1/n. Portanto, x = 1080000000/1670 = 1/1670t. Isso!! - gritou. Quase foi expulso da sala. Agora, era só o aluno multiplicar a idade dos seres humanos (pensou nisso, pois o tempo é nosso a partir do tempo em que existimos) 1/1670.
Assim, y = 4000000/1670 = 2395 anos?? Não há essa alternativa!!!
Desesperado, o aluno está quase certo que há um erro na prova. "Quantos anos você tem"... Isso é uma pergunta difícil demais para nós, meros seres humanos. Olhou à prova ao lado e viu que o aluno já respondera a essa questão. O mesmo para o aluno da frente. E todos com a mesma resposta!!! Não sabendo como eles fizeram, o aluno ético decide não colar e tentar resolver por um método mais, simultaneamente, simples e complexo. A que posição do tecido espaço-temporal a questão se refere? Contando com os tempos paralelos, acabo por ter 0/0 anos = 1, 2, 3, 4... Indetermina-se o valor!! Com muita raiva, o aluno tenta se acalmar, tomando maracujina. Como, de acordo com as alternativas, 12 é menor que y que é menor que 17, y pertence aos naturais, o quadrado da velocidade da luz vezes a massa do aluno é igual à força do aluno, quando se transporma em energia, dividido pelo espaço ocupado pela mesma... er... Ele reza para Mokona, que lhe dá a resposta correta: 48 anos. Mas não há alternativa correspondente a 48. Agora, convicto de que há um erro na pergunta "Quantos anos você tem", o aluno, já irritado e com a cabeça fervendo, chuta a alternativa! Coloca a mesma resposta de todos os alunos... Afinal das contas, o professor diz que ele estava certo em dizer que tem 14 anos.

Nenhum comentário: